Mãe, Mami, Manhê

17.9.16 -
O dia aqui acordou cinzento e as ruas tão vazias, o que só aumenta o foço do meu sentimentalismo. Dei uma choradinha de moça maquiada no trabalho sexta (fingindo que era um cisco e que precisava ir ao banheiro, ninguém notou) com alguns vídeos promocionais e também ontem, antes de dormir, enquanto ficamos eu daqui vendo nossas fotos antigas e você daí, as enviando.

Cinco meses de saudade não cabem em mensagens instantâneas e áudios e vídeos esporádicos. É só uma data, eu repito pra mim mesma; porém, hoje não vou poder arquitetar café na cama, organizar a entrega dos presentes e fazer com que tudo saia absolutamente impecável – irmã mais velha feelings. Daqui, vai dar só pra ouvir Rita Lee e Beatles, comer massa caseira e aproveitar o dia na rua, na natureza, pra quem sabe me sentir um pouquinho mais próxima desse aconchego lunar que tu representa.

Há alguns anos eu brincava sobre o quão ruim era ter pais tão jovens, mas hoje eu calo a minha boca e troco aquela besteira por “Minha melhor amiga? A minha mãe” sem pestanejar. E logo desfilo um quilômetro de elogios rasgados sobre como você faz de tudo pra ver cada um de nós três felizes, as aulas sobre autenticidade que ministrou desde a primeira infância e o quão satisfeita ficarei eu se, no futuro, for 10% da mãezinha do céu que tu faz questão e tem orgulho de ser.

A gente discute às vezes? Óbvio. Eu tão cosmopolita, tu meio hippie. Tu ainda um pouco preocupada com as minhas quedas e eu nem aí pro que os outros pensam. O que importa é que nós duas, mesmo longe, somos uma dupla e tanto. Mais que te amo: sou louca por ti!

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