Ansiosa demais, lavei minha roupa colorida que importa. Ansiosa até o último fio de cabelo, estendi as roupas claras e brancas. Ansiosíssima e nervosa, discuti com amiga onde tudo já andava meio bambo. Ainda bem que não cai, ainda bem que levo até que bem esses percalços todos, ainda bem que nunca mais surtei a ponto de ficar na cama três dias e me recusar a tomar banho. Mas, cadê você, cara?
Cadê esse telefone tocando? Onde é que você enfiou as respostas pra tanto problema emaranhado? Por que não um empreguinho decente, por que diabos esse cara incrível volta e some e não fica ali, sentadinho, admirador, nunca? Tá complicado, cara aí de cima. Uma droga, afinal, tem a mãe que pensa que é tudo mentira os cinco currículos que envio por dia. Um saco, afinal, o cheque especial cobra juros. Os amigos já não tem tanto saco de escutar as mesmas paranoias transformadas em "problema".
Um abraço seu, Deus, e passo a reforçar as aves marias e pais nossos que profano mentalmente, numa esperança de ser mais espiritual. Uma luz no fim desse túnel nebuloso que se tornou a minha vida e acendo uma vela por dia, uma pra cada anjo, uma pra cada graça e louvor. Diós, em outra língua, quem sabe você me escute. Eu preciso ir embora, eu tenho uma pressa no íntimo e quilômetros pra rodar, só falta o combustível. Vem?
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